A Lojas Americanas, uma das maiores redes varejistas brasileira, completou 90 anos em 2019 com a celebração de êxitos e conquistas pautados numa gestão baseada em dados. Apesar dos altos e baixos no mercado global e local durante as décadas anteriores, a empresa se manteve sempre atenta às oportunidades, seguindo seu plano de crescimento a longo prazo, desviando-se das crises e buscando os benefícios que a tornaria ainda mais relevante na sociedade. Em 2021 consolidou seus negócios (físico e digital) numa nova empresa, a Americanas S.A. Paralelamente, seguiu o plano de transição da gestão hegemônica nas últimas duas décadas, concluído em dezembro de 2022 com a saída de Miguel Gutierrez e a chegada de Sergio Rial. O que parecia ser o início de um novo ciclo próspero, na verdade começou sombrio para a empresa e seus stakeholders. Após nove dias da posse de Rial, ele anunciou por meio de fato relevante uma suposta fraude contábil na empresa. Esse fato desencadeou seu pedido de demissão, um pedido de recuperação judicial e uma queda histórica na valorização das ações da empresa após o anúncio. Foi apontado que existiam inconsistências em seus balanços na ordem de aproximadamente 20 bilhões de reais. Conforme a investigação avança, suspeitos têm sido apontados como responsáveis e/ou cúmplices das manobras financeiras que gerou a fraude. Neste caso de ensino é discutida a importância do uso das boas práticas de governança nas empresas, considerando a aplicação da ética e respeito a todos os stakeholders, assim como a relevância do uso dos dados confiáveis nas tomadas de decisões dos negócios.